Segundo Freud, “quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda”.
Muitas vezes também é necessário um processo analítico paralelo às decisões e às ações, pois pode haver questões emocionais – conscientes ou inconscientes – operando como aprisionamentos que podem dificultar que certas mudanças ocorram. O sofrimento do indivíduo pode se intensificar se ele se sentir impossibilitado de fazer por si o que ele entende que é o melhor para realizar algo que considera crucial para sua vida. Dependendo da situação, há risco do surgimento de somatizações ou, melhor dizendo, sintomas físicos que podem também prejudicar a qualidade de vida. No caso de alguém com funcionamento ansioso, a ansiedade pode até funcionar como um elemento catalisador para a tomada de decisão, mas é comum que haja atropelos no percurso. Todas essas situações podem interferir na velocidade e na forma como as mudanças acontecem e, inclusive, nas suas consequências. A Psicanálise é altamente indicada para esse processo. A proposta é que o indivíduo entre em contato com as razões reais e ou subjetivas que influenciam na sua dificuldade de ir do ponto A ao ponto B e, assim, tenha melhores condições de colocar seus desejos em prática.